As Proteções Passivas Contra Incêndio (PPCI) são de extrema importância, pois não só resguardam o patrimônio da empresa e a integridade física das pessoas que lá trabalham, como facilitam o combate das chamas por parte dos bombeiros e/ou itens de Proteção Ativa.
Existem diversas formas de PPCI disponíveis, e como se tratam de itens estruturais necessitam de um planejamento mais cuidadoso, tanto para garantir seu funcionamento adequando, quanto para se integrar com a parte estética e arquitetônica do edifício.
As conhecidas portas corta-fogo são uma das principais ferramentas usadas para garantir um ambiente protegido contra incêndio, porém com os avanços tecnológicos, outras formas de PPCI vêm sendo introduzidas, como por exemplo as cortinas corta-fogo. Mas e então, qual delas devo usar no meu projeto de PPCI? Bom alguns pontos devem ser levados em consideração, então vamos a eles:
TIPO DE AMBIENTE
Assim como em qualquer implementação estrutural, as PPCI precisam se adaptar ao ambiente em que serão instaladas. Por exemplo, em uma indústria farmacêutica, uma porta com isolamento térmico em madeira é inviável devido ao alto risco de contaminação desse material, pois coloca em risco a qualidade do material produzido, o mesmo vale para a indústria alimentícia.
Esse é só um exemplo, mas vejamos também o seguinte: estamos em um ambiente corporativo de alto padrão, um escritório por exemplo. Nesse caso seria viável instalar uma porta de enrolar metálica para cada sala do ambiente? Não seria algo esteticamente agradável certo?
Para esse tipo de situação existem as portas de vidro corta-fogo ou as portas de “giro” que podem manter um visual mais agradável. E pra essas situações que fogem desse padrão que as cortinas corta-fogo foram desenvolvidas.
As cortinas são proteções que ficam basicamente ocultas, ou seja, não interferem de forma visível no ambiente, assim como não limitam a passagem durante uma situação normal. Porém em situações de real perigo elas se ativam, isolando o foco do incêndio de forma eficiente.
Mas isso não as torna a melhor opção em toda situação. Veja, essa capacidade de se ocultar é bem útil em cinemas, aeroportos, shoppings, museus e outros ambientes públicos com alto volume de passagem, porém se a proteção precisa ficar em uma área exclusiva de acesso a funcionários, ou mesmo salas particulares de um escritório, a cortina não é a proteção ideal.
Além disso, deve ficar claro que o uso mesclado das proteções é o mais comum, usando um tipo de proteção diferente para cada necessidade, então é normal em uma mesma edificação serem instaladas portas, cortinas e vidros corta-fogo, e tudo isso deve ser definido pelo engenheiro especialista no projeto, para cumprir com as normas em vigor do Corpo de Bombeiros, como veremos a seguir.
CONFORMIDADE COM O CORPO DE BOMBEIROS
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é uma licença emitida pelo corpo de bombeiros que atesta legalmente que a edificação está segura. Já o Certificado de licenciamento do Corpo de Bombeiros CLCB, é uma licença também emitida pelo Corpo de Bombeiros que tem o mesmo objetivo do AVCB. Porém, esse documento se aplica para as edificações com até 750 metros quadrados, que possuam no máximo 3 pavimentos e que respeitem as normas contidas na instrução técnica IT-42.
Antes de emitir o AVCB é necessário a elaboração do projeto de incêndio, o que exige os serviços de um profissional habilitado, no caso um engenheiro. Por isso, dada as exigências de informações técnicas, não é recomendado a auto confecção. Nesta etapa serão dimensionados os produtos de proteção passiva necessários para cada ambiente da edificação.
E o que acontece se minha edificação não possuir os certificados necessários? Bem, além de todos os riscos que acompanham a falta de um projeto de incêndio, as construções que não estiverem regularizadas estão sujeitas a advertências, multas e/ou interdição do local. Por esse motivo é imprescindível que um projeto bem elaborado por um especialista seja implantado em qualquer edificação, pois somente através de estudo é possível determinar com precisão a necessidade de cada ambiente.
CLASSIFICAÇÃO DE RESISTÊNCIA AO FOGO
As normativas de segurança contra incêndio são diversas, exaustivas e complexas, são diferentes de caso a caso e variam segundo cada tipo de edifício, se for público ou privado, seu uso, solução arquitetônica bem como a própria estrutura e dimensão do edifício. Também têm de ter em conta as normas locais em matéria de construção que variam de zona para zona.
Estas exigências no uso de vidro corta-fogo, levou a criação das EUROCLASSES – Classificações Europeias de Resistência ao Fogo, que se englobam em três:
Classe E: Essa primeira oferece uma prestação de integridade e proteção contra chamas, fumos e gases mantendo-se transparente durante o incêndio sem reduzir a radiação térmica.
Classe EW: oferece uma prestação de integridade com proteção de chamas, fumo e gases que por sua vez reduz a radiação térmica.
Classe EI: Nível mais alto de prestação e proteção contra chamas, fumo, gases e sobretudo com isolamento térmico contra o calor radiado durante um período de tempo.
As três classes de produtos resistentes ao fogo asseguram uma solução fiável e económica tendo sempre em conta cada tipo de edifício e tipo de instalação.
QUALIDADE DOS PRODUTOS
Assim como qualquer produto no mercado, existem diversas opções de produtos de PPCI disponíveis, e com tantas opções qual delas escolher?
O primeiro parâmetro para a escolha são as certificações. As certificações são selos de conformidade que comprovam que aquele item foi testado e aprovado pela organização emissora. Por exemplo, existe para as portas corta-fogo a norma brasileira ABNT/NBR 6479, que comprova a resistência da porta as chamas e ao calor pelo tempo determinado (variando de 30 a 240 minutos).
Porém a norma brasileira não é a única aceita em território nacional, pois diversas normas internacionais também são validadas pelo corpo de bombeiros, como por exemplo as europeias UL e DIN, assim como as americanas NFPA e FM Approvals. E mais, as normas internacionais citadas são ainda mais exigentes e rigorosas para certificar um item, garantindo uma qualidade superior.
Os produtos DockSteel contam com as certificações mais recentes, rigorosas e respeitadas do mundo, garantindo uma qualidade superior, além de uma tecnologia avançada.
Falando em tecnologia, essa é parte do segundo parâmetro de escolha: Qualidade de fabricação e tecnologia do produto.
Para cada necessidade, se faz necessária alguma adaptação, e para isso deve ser observado se a qualidade do produto é a ideal para o uso planejado e se sua tecnologia é compatível com as dores da empresa.
Por exemplo, caso a empresa deseje evitar a abertura manual das portas corta-fogo de enrolar,” é possível motoriza-la?” Ou “esse produto pode ser interligado ao meu sistema de alarmes de incêndio?” Ou até “esse produto pode ser lavado e higienizado de forma fácil?”
Essas são algumas das perguntas que podem ser feitas para saber se o produto se encaixa no que você precisa, mas não se limitam a isso. Ao escolher um produto com esse nível de importância, deve-se ser questionado cada parâmetro técnico e possível adaptação disponível, para fazer sempre a escolha segura.
Esses são os dois principais parâmetros de qualidade que você deve se atentar, pois as Proteções Passivas Contra Incêndio são um assunto sério, e a escolha dos itens usados deve ser feita com cautela para evitar custos futuros.
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